Por Aline Fontelli
O amor pode estar em qualquer lugar. Há três milhas de distância ou em letras desenhadas nas cartas de solidão que atormentam...
Na pele do denso Florentino Ariza, Javier Bardem descarrega a nostalgia de um amor impossível. Mas sem aquele tom depressivo, que deixaria qualquer personagem morrer chato. Até arrisco-me a dizer que, apesar de linda a adaptação, o filme cresce muito quando o ator entra em cena. Um caricato típico dele. Espesso, apaixonante e febril.
Ao contar os anos que se passam lentamente pelas rugas da sua amada, Florentino envelhece mais forte do que quando era na sua juventude, onde sabia da impossibilidade do seu amor. A sensação de vida é latente em um sentimento que não desmonta a cada abandono, do contrário, só o dá forças.
Atriz consagrada e com cacife para encarar produções estrangeiras, Fernanda Montenegro não precisa de comentários. Na pele de Tránsito Ariza, uma velha sofrida, mãe de Florentino, ao mesmo tempo em que enlouquece, luta para ver o seu único filho feliz e livre de um amor que, por mais que não aparente, o deixa sofrer.
Giovanna Mezzogiorno (Fermina Daza) é um tanto irritante, talvez pela indecisão constante de sua personagem, ou por não combinar como par romântico do rústico Javier. Detalhe que até passa despercebido no filme, diante da atuação do ator, que, na minha opinião, é um dos melhores da atualidade.
Entre centenas de amantes, onde nenhuma consegue tocar o seu coração, Florentino não se esforça para esquecer a mulher que não o quer. Então, como entender um coração que nutre um sentimento desde o primeiro olhar até a ultima loucura? Até as últimas cartas...
Baseado na obra de Gabriel García Márquez, do começo ao fim, Mikel Newell conseguiu dar ao filme o mesmo tom literário que o escritor deu à obra... aquela sensação de não querer fechar a última página do livro.
Sem idéias para explicar tamanha fragilidade, as palavras do sonoro poeta Floretino fazem do filme mais do que uma história de amor, é um enlevo... Melhor do que o drama comum, é um drama com um trágico final feliz.
O amor pode estar em qualquer lugar. Há três milhas de distância ou em letras desenhadas nas cartas de solidão que atormentam...
Na pele do denso Florentino Ariza, Javier Bardem descarrega a nostalgia de um amor impossível. Mas sem aquele tom depressivo, que deixaria qualquer personagem morrer chato. Até arrisco-me a dizer que, apesar de linda a adaptação, o filme cresce muito quando o ator entra em cena. Um caricato típico dele. Espesso, apaixonante e febril.
Ao contar os anos que se passam lentamente pelas rugas da sua amada, Florentino envelhece mais forte do que quando era na sua juventude, onde sabia da impossibilidade do seu amor. A sensação de vida é latente em um sentimento que não desmonta a cada abandono, do contrário, só o dá forças.
Atriz consagrada e com cacife para encarar produções estrangeiras, Fernanda Montenegro não precisa de comentários. Na pele de Tránsito Ariza, uma velha sofrida, mãe de Florentino, ao mesmo tempo em que enlouquece, luta para ver o seu único filho feliz e livre de um amor que, por mais que não aparente, o deixa sofrer.
Giovanna Mezzogiorno (Fermina Daza) é um tanto irritante, talvez pela indecisão constante de sua personagem, ou por não combinar como par romântico do rústico Javier. Detalhe que até passa despercebido no filme, diante da atuação do ator, que, na minha opinião, é um dos melhores da atualidade.
Entre centenas de amantes, onde nenhuma consegue tocar o seu coração, Florentino não se esforça para esquecer a mulher que não o quer. Então, como entender um coração que nutre um sentimento desde o primeiro olhar até a ultima loucura? Até as últimas cartas...
Baseado na obra de Gabriel García Márquez, do começo ao fim, Mikel Newell conseguiu dar ao filme o mesmo tom literário que o escritor deu à obra... aquela sensação de não querer fechar a última página do livro.
Sem idéias para explicar tamanha fragilidade, as palavras do sonoro poeta Floretino fazem do filme mais do que uma história de amor, é um enlevo... Melhor do que o drama comum, é um drama com um trágico final feliz.
Ficha técnica:
Título Original: Love in the time of cholera
Direção: Mike Newell
Elenco: Javier Bardem, Fernanda Montenegro, Giovanna Mezzogiorno, Benjamin Bratt, Catalina Sandino Moreno
Ano de lançamento: 2007
Duração: 138 minutos
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